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quinta-feira, março 20, 2008

Tutoria de Hardware #1: Hardware básico (Componentes)

Bom, hoje começa a série de artigos sobre o básico de hardware. Neste eu vou explicar mais ou menos a função de cada componente, uns breves comentários sobre marcas e modelos que podem ser encontrados e a importância prática do componente, além de incluir alguns termos “técnicos” que alguns de vocês podem não estar entendendo.

Então vamos lá.


Placa-mãe

Acho que boa parte de vocês imaginava que eu ia começar pelo processador. Bom, eu acho que se vamos falar de todo o PC, devemos começar pela “base” dele; e é basicamente isso que a placa-mãe é.

Também chamada de “motherboard” ou “mobo”, a placa-mãe é, como o nome sugere, a placa principal do computador. É basicamente ela que vai unir todos os outros componentes, além de controlar o fluxo de dados entre cada um - então essa peça é um fator que determina que componentes vão ou não ser compatíveis com seu computador.
Basicamente, ela comporta o soquete (“encaixe”) do processador, os soquetes de memória, os slots para placas offboard (incluindo video) e as portas para HDs e outros periféricos.
A placa-mãe possui vários chips (como controladoras e codecs) e há um ou dois deles que possuem uma importância maior : são o que é chamado de “chipset” (que pode ser formado por “ponte norte” – ou Northbridge – e “ponte sul” – Southbrige – ou por apenas um chip, que incorpora a função dos dois anteriores). O chipset é basicamente o principal chip de controle do computador. É ele que determina como os barramentos do PC vão funcionar, ou seja, ele controla como e para onde os dados vão dentro do PC. É o chipset ainda que pode controlar o video, audio e rede onboard (esses dois últimos geralmente assistidos por chips extras) além do número de slots e de portas que a placa-mãe vai ter. Em processadores Intel, é o chipset que vai controlar também as memórias, então está diretamente relacionado ao desempenho do PC (uma controladora de memórias ruim vai reduzir o desempenho do PC). Processadores AMD a partir do soquete 754 já vêm com a controladora dentro deles, então a placa-mãe influi menos no desempenho (mais ainda é importante, especialmente no suporte a outros componentes).
Estão agregadas à placa-mãe também a BIOS, o CMOS e alguns outros componentes importantes no controle e identificação das demais peças do PC.

A importância dela é como base. Uma placa-mãe melhor e mais atual oferecerá suporte a peças mais recentes, e pode oferecer um desempenho melhor (especialmente em plataformas Intel). É o soquete dela que vai determinar ainda que processadores são compatíveis.

Algumas marcas de placas-mãe: Asus, Gigabyte, MSI, ECS, PC-Chips, DFI, Abit, as próprias Intel e AMD-ATI...
Alguns soquetes para processadores (do mais novo para o mais velho):
AMD: 462 (Soquete “A”), 754, 939, AM2 (chamado por alguns de “940”, mas isso pode causar confusão com o 940 dos processadores Opteron) e AM2+. (Recomendáveis para os tempos atuais: AM2 ou AM2+)
Intel: 423, 478, 775 (ou “LGA”). Recomendáveis: Apenas o LGA775


Processador

Tá aí uma peça conhecida e valorizada do PC, mas que na prática poucos sabem realmente julgar ou mesmo saber a função dele. “Processador Intel”, “Processador AMD”, “Core 2 Duo”, “Athlon 64”... vocês ouvem bastante esses nomes. Tanto que às vezes eles acabam “virando” o nome do próprio computador (erroneamente, por sinal). Vamos explicar então o motivo.

O processador é o cérebro do PC. É ele que processa os cálculos e instruções. Enfim, é ele que “pensa”. Ele usa os dados dos programas no seu HD, coloca na memória RAM o que está usando , processa tudo e exibe os resultados na sua tela. Ou seja, ele precisa estar integrado e sincronizado com várias outras peças do computador.
Para isso, o processador é ligado diretamente na placa-mãe, através do soquete, e precisa acessar a memória RAM de forma rápida (nos Intel, ele acessa através da controladora presente na Ponte Norte da placa-mãe. Nos AMD, o processador acessa a memória diretamente).
Um outro nome para “processador” é “CPU” (de Central Processing Unit, ou Unidade de Processamento Central). É errôneo você chamar o computador todo de CPU. Aquela peça grandona com formato de paralelepípedo é o “gabinete”, ou ainda "torre", então fique ligado.
O processador trabalha a uma certa “velocidade” (chamada de “clock” e medida em pulsos por segundo, ou Hertz), uma quantidade de memória interna (cache) além de sua arquitetura interna. As diferentes gerações de processadores geralmente têm um soquete próprio, para que só sejam compatíveis com as placas-mãe certas. Marcas diferentes de processadores usam soquetes diferentes também.

Quanto às marcas de processador para desktop, existem basicamente duas: Intel e AMD. Há ainda outras marcas, mas a maioria delas sumiu do mercado, foi engolida por outras ou então trabalha em segmentos específicos (como a VIA, que produz processadores integrados a placas-mãe, de baixíssimo consumo).
A lista de soquetes é a mesma dos soquetes de placas-mãe, então dê uma olhadinha na seção acima, caso precise de alguma referência.


Memória RAM

O uso dela é bem mais simples, porém mais importante, do que se imagina. Ela é simplesmente o espaço que o processador usa para estocar os dados que está usando no momento. Ela, porém, precisa ser bastante rápida para poder suprir as necessidades do processador com eficiência.

É uma memória relativamente rápida, porém volátil e que se “apaga” quando o PC é desligado. Em uma comparação, é como se a memória RAM fosse uma mesa ou escrivaninha onde um certo funcionário (o processador) está trabalhando. Os dados em si são guardados num armário (o HD), que tem um acesso bem lento, então as informações mais importantes e mais usadas são guardadas temporariamente na mesa (memória RAM) e acessadas quando necessário.
A memória RAM é instalada em soquetes na placa-mãe, então a compatibilidade delas depende principalmente de dois fatores:
- da placa-mãe em si (ou da controladora de memória presente nela, caso seja para processadores Intel)
- do processador (especialmente se for um AMD, que possui a controladora de memória integrada a ele).
A memória também possui um clock (geralmente bem mais baixo que o do processador), latências (o número de pulsos que a memória demora pra fazer alguma coisa), além de um “tipo”, como SDR (também chamada de “DIMM”), DDR, DDR2 ou DDR3. Existem alguns tipos mais antigos, mas que não vale a pena citar.
Quanto mais rápido o acesso à memória RAM, melhor o processador vai trabalhar, então um módulo de memória com um bom clock e baixas latências ajudam bastante no desempenho geral do PC.

Falando de marcas, existem simplesmente várias. Há a Kingston, a Corsair, a OCZ (que tem uma fábrica aqui no Brasil), a Geil, a Samsung, a Patriot e várias outras. Aqui no Brasil são mais comuns as "genéricas" (memórias sem marca, mais baratas) e as Kingston. Espera-se que com a produção nacional de memórias OCZ, elas fiquem mais comuns por aqui também.

Placa de vídeo

Trabalhar com processamento gráfico passou a exigir processamento dedicado, especialmente depois do advento de jogos mais pesados. Resultado, a função de processamento gráfico (que exige muitas operações geométricas, vetoriais e várias cálculos usando ponto flutuante) foi passada para uma placa separada, com processador, banco de memórias e controladoras próprias.

A placa de vídeo (que costuma ser erroneamente julgada apelas pela memória que tem) possui um processador especial, focado em processamento geométrico e com instruções próprias para seu fim, como formação de vértices e sombreamento. O processador gráfico (ou GPU), portanto, é que é de fato a parte mais importante da placa de vídeo. Como todo processador, ele também precisa de um banco de memória dedicado, e de alta velocidade (tanto que as memórias de vídeo avançam mais em tecnologia que as memórias RAM usadas nos PCs. Já estamos prestes a ver memórias GDDR5, enquanto os PCs ainda aguardam a popularização do padrão DDR3).
Como todo processador, o GPU tem também um consumo elétrico. Quanto melhor a placa, portanto, mais ela vai exigir da alimentação do PC. Por isso é bom possuir uma fonte potente e confiável caso você vá usar uma placa de vídeo mais robusta.

Marcas existem basicamente duas: nVidia e ATI.
Aconselho ler os guias de nomenclatura de placas (da nVidia e da ATI) e o guia de sobrevivência de placas de vídeo, presentes nesse blog.


Disco rígido (HD)

Esse quase todo mundo sabe. É o local onde os dados do computador são armazenados, mesmo depois que o computador é desligado.

Obviamente usam um tipo de memória diferente da memória RAM; os HDs atuais podem ser de discos magnéticos (os HDs convencionais), formados por memória Flash ou SSD (Solid State Disk) ou ainda discos híbridos, que misturam memória com discos magnéticos e memória flash. São mais lentos que a memoria RAM; em compensação eles guardam os dados mesmo depois que o PC é desligado. Por isso são a memória de armazenamento do computador, enquanto que a RAM é mais uma “memória de trabalho”.
O HD é conectado à placa-mãe por um barramento ou uma porta. Os dois padrões mais encontrados são o PATA (chamado ainda de IDE) e o SATA (disponível nos padrões SATA-150 e SATA-300, ou “SATA1” e “SATA2”). Uma observação sobre SATA-150 e SATA-300 é que eles são compatíveis entre si, mas a velocidade fica limitada pela ponta mais lenta (um HD SATA-300 só vai funcionar a 150 se usado numa porta SATA-150. O mesmo vale pra um HD SATA-150 numa porta SATA-300.

Entre marcas, existem a Samsung, a Seagate, a Maxtor (pertencente à Seagate agora), a Western Dgital, a Iomega e outras.


Fonte

Sim, a fonte “existe” e é importante para o PC, embora muitos a ignorem. Ela é a peça que vai garantir que o seu PC receba a quantidade de energia certa, bem-distribuída entre cada peça e de forma estável. É ela ainda que (em tese) protege o PC de picos de energia, variações de corrente, curto-circuito e coisas do tipo.

Uma fonte, para ser boa, precisa ser confiável e potente. E quando eu falo em “potente”, falo em potência real média, e não potência “de pico”, como muitos fabricantes costumam mostrar. É muito fácil você fazer uma fonte sobreviver a um pico de 400W, mas fazer ela agüentar funcionar com 400W contínios de carga é outra história. A maioria das fontes “genéricas” (essas que vêm no gabinete) que vemos por aí não agüentariam nem perto disso.
Para um computador de um brasileiro comum, 300 a 350W reais são suficientes. 400W é o ideal. Ponto. Dificilmente um computador vá exigir mais que isso. A questão é, portanto, pegar uma fonte que seja confiável e que ofereça boas proteções.
E fuja dessas fontes que custam menos de 200 reais e são rotuladas como “fontes de 500, 700, 900W”. Isso é simplesmente absurdo. Uma fonte de 400W reais, hoje em dia, custa entre 120 e 250 reais, dependendo do lugar do Brasil. Uma de 900W reais é quase inimaginável (e desnecessária).
Antes de comprar uma, recomendo pesquisar bastante.
Entre as marcas, temos a Thermantake, a Seventeam, a Corsair, a OCZ, a Cooler Master, a Enermax e outras.

Tem ainda várias outras peças, como placas de som, placas de captura, drives óticos... mas esses componentes são mais especializados e mais “supérfluos” do que obrigatórios, então não faz sentido eu descrever aqui.


Por fim, desculpem a demora. No próximo tutorial, um aprofundamento sobre placas-mãe.

domingo, março 09, 2008

Guia de sobrevivência sobre placas de vídeo

Depois de ver por aí muita gente se complicando na hora de comprar ou escolher uma placa de vídeo, resolvi deixar de esperar até meu artigo completo sobre VGAs (que virá dentro da série de artigos sobre hardware) e preparar logo um guia de sobrevivência, a caráter emergencial, com as principais dicas pra você levar em conta na hora de comprar sua amada plaquinha.


1 - Nunca. NUNCA julgue uma placa de vídeo pela memória que ela tem. A memória é apenas o espaço que a placa vai usar pra trabalhar, o que não necessariamente significa que ela vá trabalhar depressa. Há quesitos muito mais importantes, como o GPU (processador gráfico) usado, o tipo de memória (DDR, GDDR2, GDDR3, GDDR4), o barramento de memória (medido em bits) e os “clocks”, ou seja as velocidades de cada componente.

2 - Se a dica acima te confundiu, pense na placa de vídeo como um pequeno computador. Ele tem processador (GPU), “placa-mãe” (o PCB) e memórias (memória de vídeo), tem consumo elétrico e cada componente tem sua velocidade. Seu “PC-de-video” precisa ser balanceado pra poder ser bom, então se ligue em todos os detalhes.

3 - Um bom GPU não tem apenas um clock (em MHz) elevado, mas se comunica com a memória com um barramento razoável (128 ou 256 bits, pelo menos) e tem uma boa quantidade de motores de sombreamento ou de stream processors (unidades dinâmicas que processam geometria, sombreamento de pixels e sombreamento de vértices; existem apenas em placas a partir do DX10). [MUITO cuidado, já que essas informações não estão escritas na caixa da placa]. Ele também deve ter um bom suporte a tecnologias mais recentes, expressas por sua versão de DirectX (atualmente as mais atuais são a 10 e a 10.1, sendo a 9.0c ainda muito comum).

4 - As suas principais opções em matéria de GPU são as séries Geforce e Radeon, fabricadas respectivamente pela nVidia e pela ATI. Há outras marcas de processadores gráficos no mercado, mas não são fáceis de achar e em geral não são muito boas. Outro lado bom é que a nomenclatura das Geforce e das Radeon é relativamente parecida, então é mais fácil comparar e saber a “categoria” da placa pelo nome.

Tenho dois artigos nesse blog com o guia da nomenclatura dos GPUs Geforce e Radeon. Aconselho dar uma lida.

5 - E falando em Geforce ou Radeon, como eu disse, esses são apenas GPUs. A placa em si incorpora o GPU junto com as memórias e todo o circuito impresso (PCB), mas a nVidia e a ATI geralmente fabricam apenas o processador gráfico, ficando a cargo de outros fabricantes montar o resto dos componentes. Por isso existem placas de vídeo “da ASUS”, “da XFX”, “da eVGA”, “da MSI”, “da Gecube”, “da Diamond”... quando na verdade os GPUs são fabricados pela nVidia ou pela ATI e as placas montadas por terceiros.
A nVidia chega a fabricar algumas placas, mas são geralmente amostras para testes de placas novas. A ATI sim costuma fabricar placas completas comercialmente, que são apelidadas pelos gamers de “BBA” (“built by ATI”, ou “construída pela ATI”).

6 - Partindo para as memórias, atualmente os tipos mais comuns são GDDR2 e GDDR3, existindo ainda a GDDR4 (o “G” vem apenas de “graphics”, então se alguém disser que a placa de vídeo tem memórias “DDR3” ou “GDDR3”, não se preocupe, ele está falando da mesma coisa). Houve ainda DDR e SDR, mas essas eram usadas em placas mais antigas (Radeon 9200, FX5200, MX440...) e raramente são vistas. Lembrando: o tipo de memória de vídeo usado não tem nada a ver com as memórias suportadas pela sua placa-mãe ou processador, então não há problemas de compatibilidade desse tipo (já ouvi diversas pessoas perguntando se há problemas em usar uma placa de vídeo com memórias GDDR3 numa placa-mãe que só suporta memórias DDR2; a resposta é “não, não tem problema algum”).
Numa visão geral, GDDR2 é vista em placas low-end, GDDR3 em Mid ends e High-end e GDDR4 apenas em algumas High-ends específicas.

7 - Um detalhe crucial é o consumo elétrico da placa. Em geral, placas a partir do segmento intermediário (segundo dígito maior que 5, como 8600GT ou 7900GTX) precisam de uma fonte de alimentação com potência REAL (não interessa se “tem escrito na caixa” ou se “o vendedor ta dizendo que é real”. Pesquise sobre a fonte antes de comprar).

Mas por que isso? Simples. Se sua fonte não oferece energia suficiente, a placa de vídeo pode ficar instável, não funcionar direito ou ainda sobrecarregar e queimar a fonte (e a queima da fonte pode levar outros componentes pro lixo também, inclusive a própria placa de vídeo). E as fontes genéricas que geralmente vêm no gabinete não são suficientes pra uma placa de vídeo mais potente. No final, é melhor gastar numa fontezinha melhor do que arriscar queimar sua placa de vídeo numa fonte safada.

8 - Dimensione a placa primeiramente pelo dinheiro que você tem, e pelo resto dos componentes do seu PC (especialmente a fonte). Do contrário você pode acabar ficando sem grana para o resto das peças ou sub/superdimensionando a placa em relação aos demais componentes.

9 - A dica acima merece atenção a um detalhe, ou ela se tornará uma faca de dois gumes: não adianta uma placa estar “dentro do orçamento” se ela não é suficiente pro que você quer ou se tem uma placa que custa levemente mais e traz um benefício bem maior ou ainda se a placa que você está comprando é capada. Por exemplo, não adianta comprar uma 8500GT pra rodar Crysis no máximo; especialmente quando se tem a 8600GT e a HD2600XT por pouco a mais e com quase o dobro do desempenho. E se você só tem grana pra uma 8400GS ou HD2400Pro, é melhor juntar pra comprar uma placa de vídeo melhor de vez.

Do mesmo modo, não adianta investir numa placa “overpower” se o resto do PC não acompanha.

10 - Pesquise antes de comprar. Isso parece meio óbvio, mas é sério, muita gente esquece disso e compra a primeira placa que vê pela frente, ou então cai na primeira (ou segunda) conversa de vendedor que ouve. Prefira reunir todas as informações que puder, e de preferência atualizadas (tecnologias e principalmente preços mudam muito rápido, então é bom estar bem informado).



Enfim, acho que é isso. No próximo artigo, começo o tutorial básico sobe hardware, falando um pouquinho sobre a utilidade de cada componente e, nos artigos seguintes, falando mais especificamente sobre cada uma das peças, os termos técnicos usados e o básico do que vocês precisam saber para entender melhor seu PC. Acreditem, será algo útil.

terça-feira, fevereiro 26, 2008

Regras da informática que você não pode esquecer

0 – Tenha sempre backups. SEMPRE.

1 – Nada tão bugado que não possa ficar mais bugado.

2 – Nem sempre tudo o que é mais novo é melhor.

3 – Seu PC é uma máquina, mas também merece descanso. E manutenção.

4 – Os maiores inimigos de um PC são o próprio usuário, a poeira e os picos de energia na rede elétrica. Seguidos de perto por vassouras passando perto dos fios. Experiência própria.

5 – Apenas um bom antivírus não adianta. Tenha ainda um firewall e um anti-spyware. Se os três vêm em um pacote só, melhor ainda.

6 – Mantenha os três acima sempre atualizados. SEMPRE. Se puder deixar as atualizações no modo automático, melhor ainda.

7 – Acredite: sempre há um meio de saber se você visitou “aquele” site no computador alheio, ainda mais se foi no do seu chefe.

8 – Não adianta querer ter aqueles softwares de última geração se o hardware do seu PC continua o mesmo desde 1998.

9 – Não adianta querer ter aquele hardware de última geração se o software do seu PC continua o mesmo desde 1998.

10 – Não adianta querer ter aqueles hardware e software de última geração se você só usa o PC pra digitar textos e fazer planilhas.

11 – Não adianta forçar: um PC pra jogos atuais e um PC pra escritório são coisas completamente diferentes. O primeiro pode até ser usado como ambos, mas o segundo jamais.

12 – Seu supermercado predileto não vão montar pra você um PC com as melhores peças pra jogos só porque você quer. E se venderam, olhe de novo. Acho que você foi enganado.

13 – Existem dois tipos de vendedores de hardware: aqueles que querem seu dinheiro e aqueles que querem seu bem. Esses últimos costumam aparecer junto com marcianos, duendes, gnomos, políticos bondosos e outras criaturas mitológicas. Não que todos eles não existam...

14 – Pesquise sempre antes de comprar qualquer coisa. Frisando: SEMPRE, ANTES de QUALQUER COISA.

15 – Sempre existem muito mais regras do que você possa imaginar. A maioria delas você só aprende quando as infringe e sofre as punições, portanto fique ligado.

E por hoje é só, pessoal (eu sei, isso foi clichê). O próximo artigo será a esperada tabela de nomenclatura de placas da ATI, que está me dando um pouquinho mais de trabalho do que o esperado (vocês vão entender o porquê quando a lerem).
Por esse motivo, somando com o fato de que eu agora estou oficialmente tendo aula em duas faculdades e que não tenho mais postagens já prontas, estou mudando a freqüência de atualização do blog.

"Mas Feral, e por acaso existia alguma freqüência de atualização?"
Bom, na verdade essas últimas postagens tiveram intervalo de 2 dias, o que a princípio eu achei que seria o suficiente, mas infelizmente descobri que não. Vou passar a postar com uma frequência entre 3 e 5 dias (o que nos leva a 2 a 3 atualizações por semana), que deve ser o suficiente pra manter um ritmo bom e sem me atrapalhar nos estudos.

Meu objetivo é, depois da conclusão das tabelas de placas, elaborar um guia básico de sobrevivência com placas de video (no mesmo estilo das dicas pra gamers) e, em seguida, começar uma série de artigos explicando o básico de hardware (começando com uma abordagem mais "geral" e depois artigos falando de cada peça individualmente). Sim, agora vocês vão entender 90% daqueles termos estranhos que eu usei nos artigos anteriores; e quem sabe ainda passam a entender melhor esse trambolho que vocês estão usando pra ler esse blog.

Então até a próxima postagem!

domingo, fevereiro 24, 2008

20 dicas para você que é gamer e quer comprar um PC


1 – Nada de PCs pré-montados, mesmo que sejam "de marca". Além de você não conhecer todos os componentes usados neles (especialmente placa-mãe, memórias e fonte), dificilmente eles possuem uma placa de vídeo boa. Lembre-se ainda que você está pagando a mais pela marca. Outro detalhe é que eles podem ser de "arquitetura fechada" (são feitos para funcionar especificamente com aquelas peças, então dificilmente aceitam upgrades drásticos e são mais difíceis de se manusear, forçando você a usar o suporte da marca). Claro, se sua intenção são PCs de escritório, é outra história, mas então por que está lendo esse tutorial?


- E NADA DE PCS DE SUPERMERCADO!!! -


2 – Não dimensione o seu PC pelas peças; dimensione pelo seu bolso. Do contrário, você corre o risco de ficar sem grana pra alguma peça crucial, ou ainda de comprar um PC "desbalanceado" (algumas peças boas e outras ruins puxando tudo pra baixo).


3 – Preste atenção na FONTE! Não adianta uma configuração potente sendo segurada por uma fontezinha genérica que veio no gabinete.


4 – Nem sempre o que está escrito na caixa é verdade. Especialmente se estiver se tratando de uma fonte. Uma pesquisa sobre a marca, o produto e o segmento em geral ajudam.


5 – Marca não significa desempenho. Portanto não se iluda com essas de "processador Intel", "placa-mãe Asus" ou "placa de video GeForce". Lembre-se que todas as marcas possuem seus modelos bons e ruins, e ainda assim estão sob a mesma marca.


6 – Falando nisso, GeForce não é uma "marca". É apenas uma série de processadores gráficos fabricados pela nVidia – e existem vários modelos de GPUs GeForce, bons e ruins.


7 – Se ligue no fabricante da placa de vídeo, afinal a nVidia e a ATI geralmente fabricam apenas o GPU (o processador gráfico) e outra empresa monta o resto da placa. Existem várias placas que possuem o mesmo GPU, mas são fabricadas por empresas diferentes e possuem especificações diferentes (já vi 8600GT com 256MB GDDR3 @ 1400MHz e com 512MB DDR2 @ 533MHz. Não precisa ser um gênio pra notar que a segunda é bem pior). Aqui vai uma lista de fabricantes:

Para placas nVidia: XFX, eVGA, MSI, OCZ, Asus, Leadtek, ECS entre outras.

Para placas ATI: a própria ATI, Saphire, HIS, Gecube, entre outras.


8 – Seu computador não tem apenas uma peça, então nada de se deixar levar por essas de "ah, o PC é um Core 2 Duo" ou "ele tem uma placa GeForce". O PC tem que ser bom como um todo.


9 – Fique atento aos limitadores de desempenho. Isso inclui memórias de clock baixo e/ou compartilhadas, barramentos limitados, controladoras ruins, slots de velocidade reduzida e coisas do gênero.


10 – Se sua plataforma é AMD, sua ordem de prioridades é (do mais para o menos importante):

Limitadores Placa de vídeoProcessador Memórias Placa-mãe Resto


11 – Se sua plataforma é Intel, sua ordem de prioridades é:

Limitadores Placa-mãe Placa de vídeo Processador Memórias Resto


12 – NUNCA julgue uma placa de vídeo pela quantidade de memória. A maioria das placas de vídeo do mercado possui 256MB de memória, então obviamente existem muitos outros fatores mais importantes a se considerar, especialmente o GPU e os clocks.


13 – Não adianta uma placa de vídeo potente se o resto do PC não está à altura para acompanhá-la.


14 – Não adianta um PC potente se sua placa de vídeo é uma porcaria.


15 – Não adianta um PC e uma placa de vídeo potentes se sua fonte não agüenta.


16 – Não adianta um PC, placa de vídeo e fonte potentes se você só vai jogar Mario no emulador.


17 – Não adianta achar que seu PC vai rodar Crysis no máximo só porque, na época em que você comprou o PC, o vendedor disse que "é a melhor configuração do momento". A tecnologia corre rápido, então PCs ficam ultrapassados rápido.


18 – Não adianta montar um PC ultra potente pra rodar em resoluções altíssimas se seu monitor exibe apenas 1024x768.


19 – Procure placas de vídeo da série intermediária, expecialmente as "600GT" (nVidia) ou "600XT /670" (ATI). Elas são placas de excelente desempenho e custam numa faixa relativamente acessível, possuindo uma das melhores relações custo-benefício.

As atuais representantes dessa classe são a 8600GT (e sua sucessora, 9600GT) e HD2600XT (e sua sucessora, a HD3670). Se não tiver grana pra isso, a nVidia costuma manter pelo menos uma boa placa no segmento low-end, como a 7300GT e a 8500GT.


20 – Quando comprar um PC, não pense apenas no agora. Procure deixar espaço para expansões futuras (como slots de memória extras, um soquete de processador atual, um slot de memória atual, uma fonte de boa potência e coisas do gênero).


E mais duas dicas, que eu me lembrei depois que tinha escrito todas as anteriores:


21 – Nem sempre tudo o que é mais novo é melhor. Lembre-se que existem as peças "feitas para serem boas" e as "feitas para serem ruins", e elas existem em qualquer época.


22 – Nem todo mundo é bonzinho, especialmente vendedores. Desconfie de tudo e questione o máximo que puder.