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domingo, março 12, 2006

Anime Review: Fullmetal Alchemist

Caraca, eu não via um anime como esse faz tempo... (tá bom, eu não via nenhum anime faz tempo ¬¬, mas ta valendo). Depois que você assiste uma vez, você passa a perceber o porquê dese desenho ter conquistado tanta fama. Não é só a qualidade da animação que impressiona, mas também o enredo, que é sem igual.
O anime narra a saga dos irmãos Edward (o baix.. er... o loiro) e Alphonse (o grandão) em busca da pedra filosofal. Ok, tá "normal", mas vamos do começo de tudo:

Durante a infância, Ed e Al foram criados pela mãe, a qual amavam e por ela erm amados. Tinham uma vida feliz em uma vila pequena, longe de qualquer preocupação. Os dois irmãos brincavam de alquimia, que aprenderam nos livros do pai, que deixara a família para se alistar como alquimista federal. As brincadeiras dos irmãos deixavam a mãe dele feliz, por assim lembrar do pai deles. Um fatídico dia, a mãe deles morreu, e os irmãos, desesperados, tentaram a alquimia humana para trazer a mãe de volta, mesmo sabendo que era arriscado e proibido. Havia algo, porém, que os irmãos Elric não esperavam: existe uma regra na alquimia, chamada de "troca equivalente", na qual uma coisa só pode ser transformada em outra na mesma quantidade e massa. Os Elric conheciam essa regra, mas não sabiam que, para uma vida humana não há sacrifício equivalente. Como resultado, a reação tentou buscar o preço da troca: Ed perdeu uma perna e Al perdeu o corpo inteiro. Para salvar o irmão, Ed sacrificou o braço para selar a alma de Al em uma armadura. Ainda assim, a transmutação foi um fracasso.

O exército tomou conhecimento do ocorrido e convocou Ed para ser um alquimista federal, e este leva Al junto. Após a entrada no exército, começa a vedadeira jornada: a busca pela pedra filosofal, que poderia trazer o corpo de Al e a perna e o braço de Ed (porém, nota-se que eles ainda têm o desejo de ver a mãe deles mais uma vez, e possivelmente, de mais uma vez tentar revivê-la, usando a pedra filosofal - Al deixa isso claro no segundo episódio).


O tema é interessante, bem como o que o desenho enfoca: os sentimentos humanos, com destaque à ambição humana e aos laços familiares. As lições de moral não são chatas e a história em si é contagiante. O humor também é um ponto forte no anime, cheio de cenas hilárias ("Quem você está chamando de mini-projeto de ser humano??? EU NÃO SOU BAIXINHO!!!") e situações bastante divertidas; porém não pense que trata-se de um desenho bobo, pois há uma certa violência em outras cenas.

Esse é um ponto, aliás que eu gostaria de comentar: a violência nesse desenho. Ela é tratada com certa naturalidade, sem tantos exageros e sem ser "gratuita" (cada cena violenta tem seu motivo). Além disso, o estilo de animação torna, mesmo as cenas um pouco mais violentas, não muito agressivas. Ou seja, a violência torna-se suportável, e às vezes passa batida, ao contrário do enfoque em outros desenhos (como Gantz, onde cérebros são roineiramente vistos escorrendo para fora dos crânios e pessoas aparecem cortadas ao meio com naturalidade, ou como Hellsing e Tsukihime, que... err... esses é melhor não comentar ^^). Acredito que, infelizmente, esse seja um fator que impede esse anime de ser exibido em TV aberta, pois traz cenas fortes demais para uma criança de 10 anos, por exemplo [ se Inuyasha durou pouco tempo na TV e tinha algumas das cenas de violência mais censuradas que eu já vi, eu imagino FMA O.o]. Ok, Yu-Yu Hakusho era, talvez, mais violento que FMA e era exibido em TV aberta... Sei lá... Se exibirem FMA, tamos no lucro ^^.

EDIT: Anos depois, FMA foi realmente exibido na TV aberta. Lamentavelemnte, porém, foi fortemente censurado, teve cenas editadas de forma ridícula e o episódio final (editado pra quase a metade da duração original) ficou simplesmente sem sentido. Amo vocês, rede RedeTV. /ironia

O estilo de animação impressiona pelos detalhes. A taxa de quadros do desenho é bastante alta, e a quantidade de objetos e partículas que são movimentadas na tela dá um ar de realismo ao desenho. Nota-se também o bom uso da computação gráfica, tanto para colorir como para movimentar algumas imagens, porém sem abolir a animação tradicional (que, por sinal, é tão bem-feita que se confunde com a edição computadorizada).


Resumundo, apesar de só ter 51 episódios (além de um filme), Fullmetal Alchemist tem tudo para ser um dos melhores animes já criados.